Refletindo sobre meu ano, em Saquarema. hahaha XD |
Sei que estou atrasada, afinal já se passou uma semana (uau, como o tempo voa!), mas toda reflexão é válida.
Conforme envelhecemos, o tempo parece cada vez mais fugaz (e cruel). 2015 me pareceu muito mais rápido que 2014. Quando pisquei o olho, o ano estava no meio; pisquei de novo, e já estava no fim.
Como é de costume, as pessoas reclamam do ano que tiveram e torcem para que o ano acabe logo. Eu era desse time, mas incrivelmente não desejei que acabasse. Desse último ano, não tenho o que me queixar. Muito pelo contrário até, apesar da crise.
Comparando os dois, 2014 foi o meu ano “entre tapas e beijos”. Me senti viva por ter vivido uma efêmera e intensa história de amor. Foi o ano mais intenso emocionalmente, experimentei os dois extremos, de felicidade e infelicidade. E comecei a viver de verdade.
Foi como acordar de um coma. E depois de sair do hospital, você tenta compensar o tempo perdido.
A vida é frágil e, por isso, preciosa. E a gente não se dá conta. Então, quero viver e sentir enquanto posso. Não quero mais a sensação de dormência. Não quero ser mais expectadora da minha própria vida, sabe?
E esse foi 2015: eu vivi. Não vivi um novo grande amor, embora até quisesse. Mas quis meter o dedo na ferida para sentir a dor. Quis sentir a vida batendo no peito, correndo nas veias e doer até os ossos. Para ter certeza de que estou viva. Então, me perguntava sempre “será que estou vivendo?”. Quis sair gritando “estou viva! estou viva!”. E só de pensar isso, já me sentia feliz.
Fiz muitas coisas pela primeira vez.
Foi o ano em que me permiti conhecer e experimentar situações novas, quebrar um pouco as (minhas próprias) regras e ligar mais o “foda-se”. E com isso, aprendi. Óbvio que não vivenciei só coisas boas. Certos experimentos, não pretendo repetir — logo, é um ensinamento. Descobri muito sobre mim mesma (descobri que sou uma mulher linda e incrível), pessoas e situações.
Diferente dos anos anteriores, com listas enormes de metas, não havia feito nenhuma promessa em 2015. Apenas que buscaria viver mais intensamente e ser mais feliz. E consegui, mesmo com o coração machucado. Estou aprendendo ser feliz sem a reciprocidade de um amor. Estou aprendendo a me amar. Fui feliz graças a mim mesma e às pessoas que me proporcionaram momentos incríveis.
E por isso, sou grata por cada oportunidade que tive, cada música sentida (porque eu não queria apenas ouvir), cada série e filme que assisti, cada minuto sozinha e acompanhada, cada cerveja, cada abraço e beijo. Sou grata pelas pessoas maravilhosas que conheci nesse ano.
Muito obrigada, Vida! Posso ousar dizer com orgulho que foi o melhor ano da minha vida. E não poderia ter acabado melhor.
Para 2015, desejei Amor e Vida para mim e para todos. E é o que desejo para este ano.
Publicado em 7 de janeiro de 2016, no Medium.
Como é de costume, as pessoas reclamam do ano que tiveram e torcem para que o ano acabe logo. Eu era desse time, mas incrivelmente não desejei que acabasse. Desse último ano, não tenho o que me queixar. Muito pelo contrário até, apesar da crise.
Comparando os dois, 2014 foi o meu ano “entre tapas e beijos”. Me senti viva por ter vivido uma efêmera e intensa história de amor. Foi o ano mais intenso emocionalmente, experimentei os dois extremos, de felicidade e infelicidade. E comecei a viver de verdade.
Foi como acordar de um coma. E depois de sair do hospital, você tenta compensar o tempo perdido.
A vida é frágil e, por isso, preciosa. E a gente não se dá conta. Então, quero viver e sentir enquanto posso. Não quero mais a sensação de dormência. Não quero ser mais expectadora da minha própria vida, sabe?
E esse foi 2015: eu vivi. Não vivi um novo grande amor, embora até quisesse. Mas quis meter o dedo na ferida para sentir a dor. Quis sentir a vida batendo no peito, correndo nas veias e doer até os ossos. Para ter certeza de que estou viva. Então, me perguntava sempre “será que estou vivendo?”. Quis sair gritando “estou viva! estou viva!”. E só de pensar isso, já me sentia feliz.
Fiz muitas coisas pela primeira vez.
Foi o ano em que me permiti conhecer e experimentar situações novas, quebrar um pouco as (minhas próprias) regras e ligar mais o “foda-se”. E com isso, aprendi. Óbvio que não vivenciei só coisas boas. Certos experimentos, não pretendo repetir — logo, é um ensinamento. Descobri muito sobre mim mesma (descobri que sou uma mulher linda e incrível), pessoas e situações.
Diferente dos anos anteriores, com listas enormes de metas, não havia feito nenhuma promessa em 2015. Apenas que buscaria viver mais intensamente e ser mais feliz. E consegui, mesmo com o coração machucado. Estou aprendendo ser feliz sem a reciprocidade de um amor. Estou aprendendo a me amar. Fui feliz graças a mim mesma e às pessoas que me proporcionaram momentos incríveis.
E por isso, sou grata por cada oportunidade que tive, cada música sentida (porque eu não queria apenas ouvir), cada série e filme que assisti, cada minuto sozinha e acompanhada, cada cerveja, cada abraço e beijo. Sou grata pelas pessoas maravilhosas que conheci nesse ano.
Muito obrigada, Vida! Posso ousar dizer com orgulho que foi o melhor ano da minha vida. E não poderia ter acabado melhor.
Para 2015, desejei Amor e Vida para mim e para todos. E é o que desejo para este ano.
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Publicado em 7 de janeiro de 2016, no Medium.